Cores camaleônicas é a história de uma camaleoa um pouco diferente, fora do padrão, que gosta de mudar de cores mas com um toque especial, não somente para se camuflar. Essa narrativa traz para a criança uma visão sobre criatividade, autenticidade, sobre o fazer artístico, e sobre sair dos padrões estabelecidos. Livro costurado manualmente, com ilustrações da própria autora. Literatura para as infâncias, narrada em versos. Ilustração ao final para a criança colorir.
“O peito perfurado da terra” traz poemas criados a partir de uma tragédia socioambiental, o afundamento de bairros inteiros de uma das capitais do nordeste: Maceió. Perfurações no solo ocorridas desde a década de 70, tremores de terras, rachaduras nas casas e ruas, realocamento de mais de 60 mil pessoas, todos esses cenários se erguem (e afundam) nos versos. A obra traz para a ecopoesia as feridas da terra esburacada e das pessoas atingidas. O poema grita o que perfura.
Uma narrativa sobre cura, sobre tomar o destino em nossas mãos e sobre fazer isso construindo laços de amizade. Heloísa é uma operária que, num instante limite, desliga a máquina, sai da fábrica e parte em uma viagem não planejada. A amizade com Milena e Sueli se mostra muito além de um encontro nas estradas, mas um entrelaçamento de mulheres e suas histórias, suas dores e renascimentos. “Destinas” é uma road novel em prosa poética, com elementos de realismo mágico, que questiona os destinos traçados para os corpos femininos, como a violência doméstica, a maternidade compulsória e os padrões de beleza e sociais.
No livro O som do pólen derramado, os poemas partem de silêncios, paisagens e sonoridades, seguem aos cheiros e ambientes internos da casa e das memórias e então estendem um olhar-mulher-poético-crítico em relação ao mundo. Em todos os casos, as paisagens se conectam com algo de dentro do humano. Prefácio de Cida Pedrosa, poeta vencedora do Prêmio Jabuti 2020. Orelha escrita pela poeta baiana Renata Ettinger.
Bárbara sofre uma amputação em seu trabalho na fábrica e busca na escrita encontrar a completude que esse corpo não tem mais. Ela procura por si mesma, pela música que morava em seus dedos e pela magia de seu amor com Letícia. Anatomia de um quase corpo é uma narrativa costurada pelas rupturas linguísticas, sonoridades e sinestesias da poesia. Vencedor do 1° lugar narrativa longa e-book e 1° lugar Capa do Prêmio Book Brasil.
A obra possui poemas que versam sobre as dores, as curas, resistências e laços das mulheres. Tem prefácio escrito por Dia Nobre, orelha por Kah Dantas e quarta capa por Dani Costa Russo. Conta ainda com ilustrações da própria autora e foi editado pelo Selo Auroras, da Editora Penalux, selo que publica e incentiva a escrita de mulheres.
Desmecanismos traz um conjunto de poemas que desvendam os funcionamentos e movimentos do humano, da máquina e do poema. Usa a ferramenta poderosa da metalinguagem e faz a reflexão sobre a batalha corpo x máquina, na qual vence o leitor em sua humanidade, resgatada após a leitura.
A obra possui 40 haicais, com um olhar contemplativo sobre paisagens do nordeste brasileiro. A autora usa os kigos, palavras que indicam as estações do ano, através de animais, elementos da natureza, plantas, partindo do dicionário de kigos de Masuda Goga publicado no Brasil em 1996. Também investiga kigos ainda não catalogados, com elementos específicos do nordeste, como o babaçu, a carnaúba e o dendê.
Publicado pela Editora Patuá, traz ilustrações do artista plástico Paulo Camargo e apresentação escrita por Itamar Vieira Junior, vencedor dos prêmios Jabuti e Oceanos em 2020. A obra aborda o ambiente cruel do trabalho, a metalinguagem e o erótico. Segundo Itamar Vieira Junior, “atravessar esta coletânea de poemas é equilibrar-se em fio de navalha afiada”.